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Na manhã desta quarta-feira (13), o Presidente da ANAUNI, Clóvis Andrade, esteve em reunião virtual com a cúpula da Secretaria-Geral de Administração da AGU, juntamente com dirigentes de outras associações representativas da Advocacia Pública Federal. Na pauta, problemas com os serviços de planos e seguros de saúde ofertados a membros e servidores por intermédio da instituição.

Um dos pontos tratados na reunião foi a recente interrupção repentina dos serviços prestados pela Seguradora Seguros Unimed, que afetou 44 membros e servidores da AGU e seus respectivos dependentes. Foi consenso entre os participantes da reunião que o prazo de 30 dias concedido pela Qualicorp Administradora de Benefícios S/A – conveniada da AGU – para a contratação sem carência, pelos usuários prejudicados, de outro plano foi muito curto, dada a necessidade de se buscar outro produto com rede de atendimento compatível. Atendendo a pleito das associações, a SGA se comprometeu a solicitar a concessão de um período de tempo maior para que os membros e servidores afetados efetuem a migração.

Outra questão discutida foi a suspeita de vazamento de dados de membros da AGU e órgãos vinculados à Associação dos Profissionais Liberais – Asprofili. Segundo relatos de diretores da Anafe, alguns dos seus associados têm recebido mensagens de texto daquela entidade, oferecendo planos de saúde por preços mais acessíveis, sob a condição de que a ela se filiem. A SGA assegurou que o eventual vazamento não partiu da AGU, bem como prometeu apurar o caso.

Em uma de suas intervenções, o Presidente Clóvis Andrade abordou os problemas com os planos de saúde ofertados pela AGU sob um prisma mais estrutural. “Esses dois casos são absurdos, mas refletem, na verdade, um problema maior, que é o fato de a AGU, diferentemente de outros órgãos públicos do mesmo porte, não possuir uma gestão própria desse tipo de serviço. Isso torna os membros e servidores reféns das corretoras, ficando sujeitos a interrupções abruptas na prestação de atendimento e a preços exorbitantes cobrados pelas operadoras”, criticou Clóvis Andrade.

A SGA, por sua vez, arguiu dificuldades para a implementação de um modelo de autogestão em órgãos vinculados administrativamente ao Poder Executivo, pois, diferentemente do Judiciário, não possuem autonomia orçamentária. No entanto, a Secretaria sinalizou com a criação de uma coordenação, por meio de decreto a ser expedido em breve, para cuidar de temas relacionados à saúde e ao bem-estar de membros e servidores da AGU.